VAI FAZER VIRAR ALGUMAS CABEÇAS QUANDO PASSAR
Antes de começar oficialmente a trabalhar na FFWD, tive algumas noites sem dormir. Mudar de uma grande empresa global para uma que ainda estava a começar não é a escolha "normal". Uma semana antes do primeiro dia de trabalho, realizou-se a versão turística da Amstel Gold Race, que eu e os meus amigos fazíamos todos os anos. Um fim de semana de ciclismo onde nascem histórias sobre as dores que sentimos em cima da bicicleta. Vindo dos Países Baixos, a maioria de nós só vê estradas planas, por isso as colinas curtas e íngremes do Sul dos Países Baixos vão certamente magoar-nos.
O facto de ter mencionado o meu fim de semana de bicicleta ao falar do meu novo emprego levou obviamente à questão de saber quais as rodas que eu usaria ou gostaria de usar. Sempre fui um fã de todo o material de ciclismo e certificava-me de que a minha aparência na bicicleta era a ideal. As rodas são (tal como acontece com os automóveis) uma das partes mais importantes do aspeto do ciclista e da sua bicicleta. Por isso, quando as conversas começaram a tomar esta direção, eu estava a apontar para o alto, o que significa que ficaria entusiasmado por usar um conjunto de rodas de alto perfil. A maioria das rodas que são consideradas de perfil alto têm cerca de 50 a 60 mm de altura. Na altura, havia um novo modelo no FFWD que era ligeiramente mais alto, com 90 mm...
Não é a escolha típica para uma bicicleta de estrada, muito menos para um percurso que inclua uma quantidade descendente de subidas.
No entanto, o fator "coolness" deste conjunto é tão elevado como os próprios aros, por isso não havia dúvidas se os usaria ou não, sem qualquer hesitação. SIM, por favor!
Mas há uma observação a fazer: as rodas são tubulares mas os pneus já estão colados. Por isso, lá fui eu com um pneu suplente dobrado debaixo do selim. Sem pensar no que poderia acontecer, apenas desfrutar da viagem. Quando tirei a bicicleta do carro no nosso destino, todos os olhos dos meus amigos estavam postos nas novas rodas. "Oh meu Deus, o que é que tens aí?" foi a sua primeira resposta.
O som da mota com estas jantes é outra coisa. É uma adrenalina constante! Ouve-se as rodas a girar com o vento e, quando se muda de velocidade, as jantes de carbono são como um amplificador do som. É uma sensação incrível para ti e podes dizer que as rodas são uma verdadeira motivação para andar mais depressa. A vantagem adicional é que o som das rodas a cortar o vento e o som de ataque ao mudar de velocidade também é ouvido pelas pessoas com quem pedalas. Vai virar algumas cabeças quando passares. Especialmente quando estamos perto da pessoa que queremos ultrapassar e, quando estamos muito perto, mudamos de velocidade e eles ouvem o som forte de alguém a atacá-los. De vez em quando, um deles olha para trás assustado, pois não estava à espera de nada assim. É difícil não sorrir sempre que se consegue fazer isto.
Estar no meio de muitas rodas todos os dias nunca foi aborrecido, pois vivemos de acordo com a frase (Nunca se pode ter demasiados conjuntos de rodas). É um pouco como se diz para as bicicletas, o número de bicicletas ou rodas que se deve ter é N+1. Ao longo dos anos, trabalhámos em muitos modelos bonitos e eu andei em todas as alturas (é preciso saber do que se está a falar, certo?). No entanto, não posso negar que o meu coração acelerou um pouco mais quando começámos a trabalhar na nova versão de alto perfil da família RYOT, a RYOT77. Mal podia esperar para as colocar na minha bicicleta e reviver a sensação da Amstel Gold Race de 2009. No fundo da minha mente, já tinha pensado na combinação de 77 na traseira e 55 na frente, para o caso de os ventos holandeses ficarem demasiado fortes.
Pode parecer um pouco exagerado para alguns, mas de certeza que me motiva!
História pessoal de Rik van Putten, FFWD Master of Marketing desde 2009.
